Calma amigos do bloco, eu sei que isto dava um processo por piropo grosseiro ou assédio sexual discriminatório. Mas, estou apenas a falar da Inteligência Artificial e do que se escreve sobre ela.
O que vos peço é que esqueçam os títulos e se foquem no conteúdo.

Muito se tem falado das maravilhas desta ferramenta que vai permitir-nos criar conteúdos infinitos sobre tudo e mais umas botas e livrar-nos dos picuinhas dos argumentistas, dos chatos dos jornalistas, das primadonas dos publicitários e até dos quadrados do professores.

Ora, a minha questão é que não consigo usar o Chato-do-GPT, por exemplo, sem me fixar naquela frase pequenina por baixo da caixa onde é suposto pôr a questão.
É uma panca minha.
Tal como gosto de observar o segundo plano das vossas fotos no Instagram (o que está atrás do que me quiseram mostrar), também gosto de ler as notas e os textos mais pequenos para ter a certeza do que me estão a querer vender.

Fiz a experiência de pedir ao ChatoGPT para escrever sobre mim.
Eu sei, é um pouco egocêntrico, mas é a informação que facilmente consigo confirmar.
O resultado é assombroso.
Aparentemente sou um designer de referência para os jovens criativos portugueses.
Bonito, mas falso.

A AI ainda tem muito nestum que comer, porque, de momento, tem, pelo menos, os seguintes problemas:
1 . inventa muito – quando não sabe, completa a informação em falta com coisas que supostamente farão sentido;
2 . caminha de costas para o futuro – só consegue olhar para o que já foi feito, sem capacidade de avaliação do que aí vem. Das consequências;
3 . é um parasita que vive das criações dos outros – não cria de novo, mistura o que já existe e desconhece os direitos de autor;
4. usa informação enviesada – vai buscar o que a tendência mostra como unânime, não o verdadeiro e isso aumenta o desvio (aqui basta pensar numa coisa chamada Donald Trump);
5. mente e não sabe distinguir a diferença – como dá informação com base no que há na net, para ela, isso é real. Se todos dissermos que o homem nunca foi à lua, já sabemos o resultado…
6 . não há responsáveis, logo não há quem julgar pelo erros, logo o resultado é uma espécie de funcionalismo público onde tudo é de todos e o problema é do sistema.

Não me interpretem mal.
Eu adoro tecnologia e inovações.
O problema é que também adoro boa informação, rigor, qualidade, respeito e inteligência.
Da real, não da artificial.

A ler: https://www.theverge.com/2023/2/8/23590864/google-ai-chatbot-bard-mistake-error-exoplanet-demo