O meu médico seria melhor médico se ouvisse os meus conselhos.
Claramente melhor. E passo a vida a dar-lhe pistas sobre isso.
Ainda hoje na consulta lhe disse que agradecia a proposta, achava até interessante, mas não era aquilo o que eu precisava.

Resolvi explicar-lhe como é costume no marketing e publicidade:

Disse-lhe que queria algo mais impactante.
Uma coisa mais tchanam!
Ele de caneta na mão, pronto para desenhar um plano de acção, olhava-me por cima dos óculos com ar de prima-dona.
Continuei: Devia ser algo que andasse de boca em boca.
Já sei – disse eu com os olhos bem abertos – podia ser algo viral! Ah!?
Nada de muito complicado, para as pessoas perceberem logo, claro.
A maior parte das pessoas não percebe. Por isso temos de ser simples.
Ou melhor: temos de ser directos (afirmava eu a ver se percebia que o ideal era ser básico, não viesse ele com as teorias que aprendeu lá no curso).

Mas nada…
Continuava com ar de sabichão.
Não apanhou a minha onda.
Perguntou-me se me mandava os documentos por email ou se queria que imprimisse.
Nem vou abrir o email, claro
Já tenho uma nova consulta com um primo meu.
Disse-me que trata da saúde a muito boa gente lá no boxe.
Acho que até é amigo do Professor Karamba…

foto: afif-ramdhasuma

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