Na bilheteira do cinema o rapaz não achou graça à pergunta.
Não percebeu por que precisava eu de ver primeiro os filmes das 3 salas para decidir qual pagava no final.
E também não percebeu por que queria um pack de pipocas, um saco de gomas e dois chocolates, mais uma cola, uma água com gás e um sumo de laranja, pagando também no final apenas o que realmente me agradasse.
Se me agradasse alguma destas coisas, claro.

Expliquei-lhe que é assim que estou habituado a trabalhar.

Que na minha área desenvolvemos primeiro todo o trabalho – investigação, estratégia, criatividade, maquetas, orçamentação e, às vezes até produção – e submetemos tudo à consideração, antes de receber alguma coisa.
Primeiro vê-se o filme todo e depois decide-se se se avança ou não.
E isto é feito em várias salas, não só na minha.

O rapaz da bilheteira disse-me que eu não devia era estar a ver bem o filme.
Que aquilo não era a minha área.
Era a dele, e ou pagava, ou não havia show.

Incrédulo disse-lhe que em futuras consultas não voltaria a considerar aquele espaço para ir ao cinema.
Afastei-me e fui ao circo.

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